quinta-feira, 12 de maio de 2016

O papel do gestor na inclusão

O papel do gestor na inclusão


O diretor ocupa uma posição de destaque na condução de sua unidade, e suas atitudes perante essa questão serão determinantes para toda a equipe.
Em primeiro lugar, é fundamental ressaltar que devemos favorecer a inclusão e a integração dos alunos com deficiência, diante de condições que nem sempre são as mais adequadas. Negar a matrícula de um aluno é crime passível de denúncia e punição.
No Brasil, o movimento de inclusão surgiu a partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, com o objetivo de fundir o ensino especial com o regular. Porém, só passou a ser discutido efetivamente após a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada em Salamanca (1994). Nesse evento, nós firmamos o compromisso com outros países de reformular o sistema de ensino, visando à garantia da inclusão, por meio do acesso ao universo da escola comum.
“A escola é, por excelência, espaço promotor de desenvolvimento, aprendizagem e inserção social de todas as crianças. Prepará-las para viver em grupo e usufruir de seus direitos de cidadão de forma ética é responsabilidade de toda a sociedade, e não apenas das famílias e dos professores, sobretudo, em se tratando daquelas que, por algum motivo, se encontram em situação de desvantagem. Construir na escola um ambiente onde a presença da diversidade seja o reflexo da sociedade onde ela se insere, considerando as diferenças como aspecto enriquecedor no processo formativo de cada um; este sim é o grande desafio de nossa comunidade educativa”. Quem disse isso foi Maria da Paz de Castro Nunes Pereira, orientadora de práticas inclusivas na Escola da Vila, em São Paulo.
A inclusão é um desafio constante, para o qual não existe uma única solução. Cada caso é um caso, cada aluno é um aluno. O desafio, então, é conseguir adequar a escola para a inclusão de pessoas que podem apresentar diferentes características, que pedem diferentes adaptações. O MEC aprova recursos financeiros para ações de acessibilidade física, como rampas, sinalização tátil em paredes e no chão, corrimões, portas e corredores largos, banheiros com vasos sanitários, pias e toalheiros adaptados e carteiras, mesas e cadeiras adaptadas. É fato, porém, que há um grande descompasso entre a demanda e a disponibilização dos recursos. Vale ressaltar as importantes conquistas obtidas por muitos municípios deste país, como as salas de recursos, a contratação dos professores de apoio e de intérpretes, as adaptações que viabilizam o acesso à escola e aos conteúdos e programas de formação de docentes.
Sabemos que promover a inclusão é uma luta árdua e cheia de percalços, mas devemos tomar cuidado para que o discurso da impossibilidade não inviabilize o direito ao conhecimento, à interação, à experimentação como todos os outros sujeitos da escola.

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